A toxina botulínica é uma neurotoxina cuja principal finalidade é a de causar uma espécie de paralisia dos músculos. Ela é produzida pela bactéria Clostridium Botulinum, e é amplamente utilizada no segmento dos cuidados estéticos, graças à sua poderosa ação contra rugas e demais linhas de expressão.
Para isso, lança-se mão da toxina pura, por injeção intramuscular, capaz de causar uma paralisia temporária do músculo, que atrofia e deixa de ser suscetível aos movimentos involuntários (ou não) da região onde a substância foi aplicada.
O que ocorre é que, pelas suas características, a toxina é capaz de bloquear a ação dos receptores da acetilcolina (neurotransmissor responsável por encaminhar a ordem do cérebro para que haja a reação do músculo a estímulos). Dessa forma, este não responde mais aos estímulos de repetição constante e, por conseguinte, não reage contraindo-se e nem relaxando.
Finalidades da toxina botulínica
Diferentemente do que muitos imaginam, a utilização da toxina botulínica não restringe-se apenas a fins estéticos. Na verdade, há algum tempo ela vem sendo bastante utilizada pela medicina em diversos tipos de tratamentos, tais como:
1. Blefaroespasmo (contração involuntária das pálpebras)
O Blefaroespasmo é um tipo de distúrbio dos chamados “músculos orbiculares” (músculos das pálpebras), que, por algum motivo, se contraem de forma involuntária e de maneira frenética, causando um abrir e fechar de olhos constante.
Doses moderadas e intramusculares da toxina nas pálpebras são capazes de paralisar essa região e eliminar o distúrbio.
2. Suor excessivo
Especialmente nas mãos, pés e axilas, a toxina botulínica, injetada de forma intramuscular, tem a finalidade de eliminar, por um certo tempo, a chamada “sudorese”. Isso ocorre graças à sua eficiência em impedir que as
glândulas sudoríparas sofram o estímulo proveniente do sistema nervoso. 3. Bruxismo
Uma outra forma de utilização da toxina é o combate ao bruxismo — um transtorno caracterizado pelo constante ranger dos dentes, principalmente à noite.
Esse distúrbio tem como uma das suas principais causas a contração dos músculos frontal ou temporal, mas o botox (nome popular da toxina) é capaz de paralisar essa região e, com isso, impedir o sintoma.
4. Sorriso gengival
A toxina botulínica também pode ter como finalidade a redução anormal das gengivas, quando esta é superior a 3mm.
Esse tratamento pode ser feito por meio da toxina injetada no lábio superior. Isso impede que ele se eleve e exponha, de maneira exagerada, a gengiva.
5. Cirurgia ortognática
A cirurgia ortognática tem como principal objetivo restabelecer a correta função da mandíbula, realinhar a arcada dentária e, consequentemente, corrigir a mordida.
O botox entra, nesse caso, como um agente pós-cirúrgico, como uma forma de realizar a chamada
“reprogramação muscular”
dos músculos envolvidos na cirurgia. 6. Estrabismo
Outra finalidade da toxina botulínica é o tratamento dos casos mais simples de estrabismo. O distúrbio pode ser definido como um desvio ocular (olho vesgo), resultante da falta de sincronia entre os músculos de cada olho.
Esse transtorno pode ser amenizado pela substância, graças à sua capacidade de relaxar o
músculo extraocular, e fazer com que este trabalhe mais devagar e alinhe-se com o outro. 7. Torcicolo
Um torcicolo pode ser definido como uma espécie de contratura do músculo esternocleidomastoideo (do pescoço) causada por traumas, má postura, posição durante o sono, entre outros motivos.
Aqui, o botox tem a função de paralisar esse músculo e, dessa forma, impedir que haja a sua torção —seguida ou não de espasmos.
Apesar de polêmico, o botox vem sendo amplamente utilizado na medicina, como forma de combater distúrbios musculares.
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